Julgamentos divergentes

"Nós conhecemos o amor que Deus tem por nós, e nele acreditamos. Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele" 1 João 4:16

"Finalmente, uni-vos num mesmo sentimento, sede compassivos, fraternos, misericordiosos e humildes. Não pagueis o mal com o mal, nem injúria com injúria"
1 Pedro 3:8-9

Existe alguma diferença entre a forma de julgar de Deus e a dos homens? É possível estabelecer semelhanças e diferenças entre a maneira que o Senhor julga os homens e a maneira com que os homens julgam outros homens? Esse tema daria um livro. E dos grandes.

Sabemos que Ele amou e amará a Humanidade, tendo por ela enviado seu próprio Filho para morrer na Cruz no lugar de nós, pecadores. A misericórdia de Deus livra-nos da morte eterna e ele nos convida a nos aproximar dele a fim de vivermos com o Pai nos céus após o julgamento que ele fará sobre todos. Os que tiverem feito o Bem para a Vida Eterna. Os que tiverem feito o mal para o fogo eterno.

Já não temos certeza, porém, no amor dos homens.  Afastados de Deus pelo pecado, consequentemente pensamos e agimos de forma diferente da dele. Logo, nossos julgamentos estarão em oposição aos dele. Já repararam que enquanto Deus exalta os que convergem para Ele, o mundo zomba dos que nele acreditam e confessam Jesus?

E já notaram que enquanto Deus entrega os incrédulos a todos os tipos de pecado, o mundo aprova essa triste condição sob o lema de que todos têm direito a serem felizes da forma que bem entenderem e determinarem?

Há, portanto, um enorme desencontro entre o que Deus aprova num homem e o que o homem aprova em outro homem. Enquanto Nosso Senhor rejeita o pecado e seu egoísmo, os homens chancelam os mais torpes comportamentos, como o adultério, a sodomia, a bigamia, o acúmulo de riquezas e as ações vingativas. São valores completamente opostos aos valores caros a Deus. Estamos falando, afinal, de reinos diferentes.

Existem, obviamente, julgamentos humanos baseados numa cultura. Até hoje, os países mais avançados do ponto de vista da absorção dos preceitos bíblicos não toleram comportamentos como a pedofilia e a poligamia. Um pai que usa a filha sexualmente ainda é severamente rejeitado pelo julgamento cristão. E é verdade que tais sociedades ocidentais, como a americana protestante, são impiedosamente atacadas pelo relativismo moral ateu. São os que querem fazer que o mundo aceite como naturais suas próprias perversões.

Daí a adequação dos estados e suas leis ao que prega a minoria barulhenta de homossexuais, ateus, sociólogos, antropólogos e "engenheiros sociais", todos ávidos por alterar a concepção cristã da vida.

Precisamos buscar ter os mesmos critérios de Jesus em nossos julgamentos, independentemente do possível esfacelamento das sociedades cristãs. Pois chegará um dia em que o certo se tornará errado e o errado se tornará o certo. Deus, porém é imutável e imutável também é a sua promessa. Como herdeiros do reino celestial, não nos acostumemos com a forma do mundo julgar o mundo. Muito menos aceitemos como normal o que o mundo julga ser natural. Pensemos como o Pai pensa e tudo o mais se tornará secundário. Afinal, a qual reino pertencemos?