Toda a Verdade

Pouco antes de Sua partida, Jesus disse algo: "Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (João 16:13a)

Primeiramente, vejamos o que é "A verdade".  Em João 17:17 vemos: "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade". Então, conclui-se que o Espírito guiaria a toda Palavra de Deus. Não a parte, mas toda.

Jesus disse isso a quem? Vemos que no contexto do Capítulo 13 ao 17 de João Jesus está em particular com seus discípulos. Então Jesus está falando que o Espírito Santo guiaria aqueles discípulos a toda a verdade da palavra de Deus.

De fato, num tempo depois o Espirito Santo veio aos apóstolos (Atos 2:4) e os guiou a toda a verdade, e graças a Deus essa verdade chegou até nós: "Visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude" (1 Pedro 1:3)

Tiago a chama de Lei Perfeita: "Entretanto aquele que atenta bem para a lei perfeita..." (Tiago 1:25). O que é perfeito é completo. Tudo que Deus fala aos homens está completamente revelado nas Escrituras.

E se alguém falar algo diferente, lembre-se de Gálatas 1:8, 9:  "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema."

Precisamos ser felizes?

"Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria. Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo." Eclesiastes 7:2-5
 
Talvez em nenhuma outra época a felicidade esteja sendo tão buscada pelas pessoas. O "direito a ser feliz" está nas ruas, nas propagandas, nas bancas de jornais, nos templos, em centenas de publicações de auto-ajuda. Mas uma pergunta se impõe diante de cristãos e não cristãos: por que, afinal, precisamos ser felizes?

Jesus Cristo nunca abordou diretamente a felicidade, no sentido de dizer aos que o ouviram que eles deveriam buscá-la e que eles mereciam tê-la.

Jesus falou em sermos "bem-aventurados" no contexto do Sermão do Monte mas o fez falando para uma multidão que julgou dura a sua mensagem. Estaria ela disposta ao sacrifício de trazer para a vida terrena as condições do Reino do Pai? Em outras palavras, a "felicidade" que Jesus recomendava não tinha e continua não tendo nada a ver com os conceitos que dela conhecemos e fazemos uso.

Em primeiro lugar é preciso dizer: nenhuma felicidade pode ser maior que a alegria reverente pelo sacrifício de Jesus na Cruz. Este é o supremo fato a nos encorajar e a nos alegrar. Tudo o mais é menor e não deve ter mais importância que aquilo que nos permite subir aos céus.

Em segundo lugar, ao cristão não está prometida nenhuma felicidade exceto a que provém da Cruz. Ao contrário: Jesus nos convida à santificação e isso significa negar a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo. Não há mensagem mais conflitante com os padrões de felicidade do que esta. O mundo, ou o homem natural, jamais entenderá que, para ser feliz é preciso fazer e buscar o absoluto contrário do que fazemos para obter a felicidade.

Pois o que Cristo nos diz é isso: para sermos espiritualmente felizes, precisamos rejeitar os bens e desejos que são alvo da cobiça humana em busca da satisfação pessoal. Precisamos viver de acordo com os preceitos do reino do Pai e isso será visto como infelicidade para o mundo em pecado.

Precisamos refletir em nossos desejos e verificar se não estamos fazendo deles um meio de buscar a felicidade terrena, falsa e enganosa. É melhor abdicar de todos os sonhos de consumo e tentar compreender o que Deus quer de nós. Segui-lo significará um bem-estar infinitamente superior a qualquer sensação de felicidade que possa advir de desejos cumpridos e objetos comprados.

Afinal, precisamos ser felizes ou precisamos, simplesmente, obedecer ao  Deus da Bíblia?  

Acima da vaidade, o Amor

"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau." Eclesiastes 12:13,14

Salomão, um dos homens mais poderosos que já viveram sobre a terra em todos os tempos, frustrou-se com a riqueza, mulheres, poder e sabedoria. Após examinar a vida a partir de vários de seus aspectos, concluiu que tudo pode ser resumido como "correr atrás do vento". O vazio observado pelo Rei de Israel foi traduzido na expressão que resume o Livro de Eclesiastes, atribuído a ele: "Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito (1:14)". Vaidade, tudo é vaidade, conclui o sábio Rei.
 
A palavra "vaidade" tem sua origem na mesma gênese da qual derivam as palavras "vácuo e vazio". É a inexistência de substância, de algum valor que dê sentido à vida humana.
 
Mas diante da triste constatação, o que nos sugere o Livro de Eclesiastes? Sugere que entreguemos nossa vida ao Senhor. É nele que devem repousar nossa esperança e nossa felicidade. É a Ele que devemos atrelar nossos afazeres cotidianos e condicionar toda a tentativa de bem-estar nesta vida. Afinal, sem Ele restam apenas as trevas e a amargura.
 
Porque tudo é vaidade, devemos nos entregar ao pessimismo ou até mesmo nos entregar à carne e suas sensualidade? Porque tudo é vaidade devemos seguir as recomendações do mundo e fazer valer o suposto direito que temos de ser felizes a qualquer preço e às custas do próximo?
 
A resposta é não. Devemos cumprir com nossas obrigações e responsabilidades e buscar a Santificação. Entregando tudo a Deus e fazendo tudo para Sua Glória, louvando-O e orando pela Sua misericórdia. Vamos trabalhar, estudar e praticar o Amor de Cristo tendo o Criador como nossa âncora e motivo de todas as nossas ações. Salomão, o homem mais sábio, chegou a essa conclusão. E nós? A qual chegaremos?

Santificados? Ou ainda carnais?

"Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?" Gálatas 3:3

Há um problema em comum quando vemos as inúmeras doutrinas humanas cujo ponto de partida é a legítima busca pela santificação. Ao acrescentar mitos, rituais, adorações "extrabíblicas" ou procedimentos alheios ao texto das Escrituras inspiradas pelo Senhor, notamos que o ímpeto a movê-las não é espiritual e sim carnal.

Há um grupo de cristãos, por exemplo, que fazem "limpezas espirituais" esquecendo que não há outra limpeza que não do batismo nas águas para  remissão dos pecados. O problema é esse: a criação de um suposto procedimento de purificação acaba tomando o lugar do único e bíblico procedimento: justamente o batismo por imersão nas águas.

É, pois, necessário dizer: toda vez que criamos uma noção de santidade não contemplada e provada na Bíblia, estamos enfraquecendo o poder que o Evangelho tem sobre nós pois ele é a única força espiritual capaz de mudar a natureza do ser humano.

Mas quais podem ser os sinais a nos indicar que estamos no caminho contrário àquele tão buscado e santificador? Tomemos alguns exemplos:

São milhares os jovens que tocam instrumentos musiciais ou usam a voz em louvores que se transformaram em verdadeiros shows midiáticos liderados  por "bispos", "pastores", "pastoras" e lideres religiosos. O problema é que, neste caminho, sobram louvores para si próprios e falta a autêntica homenagem a Deus. Acredito que, até sem querer, acabamos por viver num círculo de vaidades e não percebemos que o motivo do louvor, o Deus da Bíblia, fica em segundo plano perante o sucesso e o frenesi em torno do artista que costuma ser também, o próprio líder espiritual de tal Igreja. Se não é, pode vir a sê-lo.

É que fulano tem o "dom", beltrano é "inspirado" por Deus. Ciclana "profetiza" em nome de Jesus. O mais comum e perigoso é que, sem entrar neste momento em considerações bíblicas que desaprovam estas doutrinas baseadas em dons e profecias (assim como o falar em línguas), o mais perigoso é que acabamos por acreditar naquilo que dizem a nosso respeito e assim vamos nos distanciando do Pai. Colocamos a nossa fé no espelho que reflete um bem sucedido e confortável cristão e não em Jesus e os discípulos martirizados.

Ao invés de contemplarmos um homem em dúvida, vemos um homem convicto de seu próprio sucesso como cristão em serviço ao Criador. Que enganosa pode ser essa imagem.

A pergunta que devemos fazer é: estamos tomando decisões baseados na vontade de Deus ou baseados numa aparente vontade de Deus, baseada, por sua vez, em nossos próprios desejos?

Estamos escolhendo caminhos em linha com a Palavra de Deus ou estamos escolhendo caminhos norteados por supostas revelações divinas?

Se estamos fazendo coisas contra a nossa vontade, é um bom sinal. E se estamos sofrendo por Cristo, também. Isso indica que estamos conseguindo superar a Carne, a vaidade, os desejos enganosos que provêm do coração humano e não de Deus. Mas se estamos fazendo coisas de acordo com o que desejamos, vale um alerta: será que Deus está mesmo nessa decisão?

Em outras palavras, nossas vidas se assemelham, guardadas as proporções das circuntâncias como local e tempo, a homens como Estevão, Paulo e Pedro? Ou nosso comportamento e crenças estão nos transformando no oposto deles? Ao invés de alegres pelo sofrer com e por Cristo, felizes por realizar nossas próprias aspirações no âmbito de uma congregação.

Essa ponta de dúvida é fundamental para que possamos parar e refletir sobre o que estamos fazendo. A compra de carros, de apartamentos, uma suposta "evolução" na vida, a nos deixar preenchidos, podem esconder uma tragédia: em busca da santificação, acabamos atraídos pela carnalidade embutida em todas essas conquistas.

O conforto, os cada vez mais elevados padrões de vida, os elogios, o espelho cada vez mais brilhante não estão a nos mostrar essa danosa distância em relação aos que sofreram por Cristo?

Ora, se devemos ser santos porque Ele é Santo (Lv 20:26), não há uma gritante e afrontosa desconexão entre o modelo cristão dos primeiros apóstolos e o nosso comportamento? Sob o nosso próprio engrandecimento e sucesso, ainda que inseridos numa Igreja, não estamos fazendo e sendo exemplos daquilo que criticamos tanto entre os mundanos?

Precisamos responder a esta pergunta voltando para o espelho. Mas com uma Bíblia nas mãos aberta em 2 Coríntios 11:23-27, que diz:

"São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez."

Criticando a religião de outras pessoas?

Nós ouvimos freqüentemente que as pessoas costumam dizer, "eu não aceito criticar a religião de outras pessoas." Algumas pessoas ficam até irritadas – até mesmo violentas - quando as pessoas conflitam sua opinião. Certamente nós não devemos condenar as opiniões que são agradáveis a Deus, mas fazemos este meio que nós devemos é mesmo evitar indicar os erros religiosos e doutrinário de outros? Suponha que você sabe que um assassino arrombou a casa de um amigo seu, e está dentro da casa esperando ele chegar, mas seu amigo não sabe de nada. Quando você vê seu amigo indo para sua casa, o que você deve fazer? Certamente você não apenas deixaria ele ir para ser morto? Você não deve tentar o advertir sobre o perigo?
 
Agora suponha que seu amigo acredita em uma doutrina religiosa falsa. Mateus 7:15-23 adverte que muitas pessoas serão assim iludidas e pensarão que estão conservados salvos quando estão perdidos realmente. Suponha que este é o caso de seu amigo. Não sabe que está perdido, mas você o sabe. O que você deve fazer? Deve apenas deixa-lo ir sobre a condenação eterna? Certamente se você o ama, você deve adverti-lo dizendo-lhe sobre seu erro, você não deve? Claro que sim!

O que dizer sobre Jesus e seus apóstolos - falaram abertamente ao encontro do pecado nas vidas de outros, ou eles fizeram apenas "deixe a outra pessoa em paz" pois isso é opinião dela? Deixe-me sugerir uma ótima experiência. Comece ler o Novo Testamento, e faça uma anotação de cada passagem em que você encontra o erro religioso que está sendo repreendido por mestres fiéis a palavra de Deus. Eu afirmo que você terá muita dificuldade de encontrar nas páginas do Novo Testamento onde o erro não é condenado.

Do mesmo modo, nós devemos reprovar e repreender o erro, não por algum sentimento de orgulho ou superioridade, mas porque nós amamos verdadeiramente as almas das pessoas (2 Timóteo 4:2-4). Jesus disse: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te" (Apocalipse 3:19).

Um exemplo foi deixado. Nós o praticamos?

"Para isto fostes chamados, pois também Cristo sofreu por vós e vos deixou o exemplo, para que sigais os seus passos" 1 Pedro 2:21

Talvez o versículo acima seja um dos mais bonitos do Novo Testamento. Ele fala numa convocação para que santifiquemos nossa mente e nosso comportamento, tendo Jesus Cristo como o modelo absoluto. E isso olhando para o sofrimento do Filho, suportado em nosso favor, pecadores.

Não precisamos lembrar das humilhações, zombarias e de todo o cruel martírio pelo qual nosso Salvador passou para nos beneficiar com a remissão dos nossos pecados.

E sabemos também que nada podemos fazer para mérito nosso em retribuição ao Cristo Redentor. Ele nos chama, porém, como diz Pedro, a seguir seus passos. Tendo sido agredido, não retrucou. Tendo sido atacado, suportou.

Agora uma reflexão. Temos agido em conformidade ao modelo de Cristo? Temos de fato suportado as opressões da mesma maneira que Ele as suportou? E da mesma forma que Ele, tendo feito o bem e recebido em troca o mal, aceitamos os fatos?

Não devemos, portanto, esquecer que para seguir os passos de Jesus, copiar seu modelo, precisamos Amar mesmo nas mais adversas circunstâncias. De que adianta retribuir o Bem apenas quando recebemos o Bem? Isso em nada nos distingue dos que amam de forma carnal. A verdadeira prova que apontará a autenticidade do nosso comportamento cristão está em devolver o Bem aos que nos tratam maldosamente.

O homem tem algum tipo de participação na própria salvação ou a predestinação é que faz esta escolha?

Temos o livre arbítrio ou fomos já programados para amar ou odiar?Teria Cristo morrido somente para um grupo seleto de "predestinados" não dando a possibilidade para mais ninguém crer nele, ou Ele deu esta possibilidade para todos que ouvissem a Sua mensagem?Considere o que o próprio Deus disse: "Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que todos se convertam dos seus caminhos, e vivam?" (Ezequiel 18:23)

Há incontáveis ensinamentos nas Escrituras que mostram a participação do homem como condição para uma comunhão com o SENHOR. E no Novo Testamento, quando Cristo ensinava sobre a questão do casamento, Ele deixou um ensinamento importante na perspectiva de condições humanas para se herdar o reino. Disse Jesus: "Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o." (Mateus 19:12)


As condições impostas aos homens

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda" (João 15:1,2). É incontestável a participação do homem na condição de permanecer em Cristo. Se nós aceitamos as condições dele, produziremos bons frutos, e ele nos purificará, MAS, se estando nele (crendo), não produzirmos nada, nenhum fruto do caráter de Cristo, certamente seremos cortados.

"Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim(condição), e eu permanecerei em vós(resultado). Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se(novamente condição) não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim" (João 15:3,4). Deus não desperdiça palavras, se Ele não cansou de dar avisos quanto à nossa conduta, por que perderia este tempo se já tivesse simplesmente programado todos os que já nasceriam salvos e os que já nasceriam condenados?

Deixar de anunciar o evangelho é a principal consequência da ideia de predestinação universal, pois, se então vemos alguém que não crê em Cristo, simplesmente poderemos aceitar que este não é um "predestinado" e não temos nenhuma responsabilidade nem culpa nisso. Porém, não é isto que aprendemos das Escrituras.

E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado no espírito, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo. Mas, resistindo e blasfemando eles, sacudiu as vestes, e disse-lhes: "O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios" (Atos 18:6).

Certamente homens foram escolhidos por Deus para cumprirem seu propósito aqui na terra - vide João batista e tantos outros - e hoje, temos o benefício de colher os frutos destes, ou de qualquer outro que o Senhor chamar - Deus o sabe - porém, não temos o direito de limitar a graça de Cristo, porque Deus amou o mundo (não somente o "mundo dos predestinados" como afirma aquele pregador), e se não tivesse amado a todos, talvez nós mesmos jamais teríamos a chance de conhecer este amor. Deus amou o mundo e Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

O mundo nos oferece o caminho largo que nos leva à perdição, porém Cristo ofereceu o caminho estreito que leva à vida, contudo, devemos escolher entre o que nos agrada e o que agrada ao Senhor. O fato de Deus já conhecer o futuro, não tira a nossa responsabilidade nesta escolha - a onisciência dele não anula o nosso livre arbítrio - Os desígnios de Deus não são limitados à mente humana, e quando não respeitamos isto, tropeçamos em nossos próprios raciocínios.

Asafe, o salmista, quase caiu neste engano: "Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado. Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos. Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim" (Salmo 73:14-16).

"O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." (Romanos 11:33-36)

Estes grandes sábios, teólogos, doutores em hermenêuticas, homiléticas e das ciências etimológicas, que insinuam revelar a mente de Deus, deveriam ouvir o que o próprio SENHOR falou para aquele que Ele mesmo declarou como um justo no meio dos homens:

"Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me responderás. Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Faze-mo saber, se tens entendimento." (Jó 38:1-4)

Vamos cumprir a Palavra e aceitar todas as coisas que nos foram entregues, para o nosso próprio bem.

"Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue, e como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!" (Romanos 10:14-15)
[Salmo e cântico para o músico-mor, sobre Neginote] Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós (Selá.)

Para que se conheça na terra o teu caminho, e entre todas as nações a tua salvação.

Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.

Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com eqüidade, e governarás as nações sobre a terra. (Selá.)

Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.

Então a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos abençoará.

Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão.



A verdadeira força sobre a terra

A distância do que nos exorta o Salmo 67 (acima) da realidade do mundo sob o pecado não deve nos desanimar a buscar o Senhor e a transmitir seu Evangelho. Pois é natural que diante de tanta zombaria, indiferença e negação da Palavra de Deus, acabemos também os cristãos indiferentes ao sofrimento alheio.

Deus porém nos manda amar sem buscar recompensas pessoais. Amar gratuitamente, da mesma forma com que Ele nos amou enviando seu filho para sofrer em nosso lugar. Devemos portanto amar porque Ele nos amou primeiro.

Num ambiente hostil à mensagem da Cruz em que os filhos de Deus são ridicularizados ou num mundo religioso confuso e cheio de doutrinas tortas, precisamos, ao contrário de desanimar, renovar a cada dia nosso ímpeto evangelizador e revelar às pessoas circundantes o poder da Palavra de Deus desde que mantida e transmitida em sua absoluta pureza.

Vivemos num ambiente incrédulo, idólatra ou com doutrinas erradas. Pois este ambiente não pode nos enfraquecer. Nós é que precisamos enfraquecê-lo. Temos Jesus e o Espírito Santo ao nosso lado. Por que então recuar?

O Poder do Amor em Cristo

Quando chegaram ao lugar chamado "A Caveira", ali crucificaram a  Jesus e aos dois criminosos, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Depois, repartiram as vestes de Jesus, tirando a sorte" Lucas 23:33-34

Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu por nós pecadores na Cruz. No alto do Calvário, Ele pede ao Pai que perdoe os que clamaram por sua morte. Está sofrendo desde que começou seu martírio no Jardim do Getsêmani mas agora começa a agonizar com os pregos que perfuraram-lhe as extremidades do corpo.

Mesmo com tal sofrimento e incrível dor, Ele roga por aqueles que o cuspiram no rosto, que o zombaram, que o açoitaram e que articularam sua crucificação.

É difícil para nós compreendermos Jesus. Os menos esclarecidos dirão que Ele foi covarde. Há quem o qualifique como um louco. Podem pensar como os sumos sacerdotes que diziam que, se Ele fosse o Cristo, salvaria a si mesmo, depois de ter salvado outros antes.

Enquanto não compreendermos e sentirmos o Amor de Cristo não teremos a chave para entender seu gesto. Corremos o risco de fazer parte da massa ignorante e arrogante. Tudo se perderá na interpretação vã e estéril do sacrifício na cruz baseada a partir das experiências humanas. E, acima de qualquer esforço, apenas quem nasce de Deus conhece o Amor do Pai.

O problema está nisso: em ver a atitude de Jesus descrita em Lucas com as lentes da afeição natural e das paixões humanas. Esse olhar carnal não enxergará aquilo que apenas o espiritual vê e compreende. O fato é que Jesus amou seus inimigos e que o Pai amou a humanidade pecadora e desobediente enviando seu filho para nos livrar da morte eterna. Ele prova seu amor pelos homens porque Cristo foi morto sendo ainda nós pecadores (Rm 5:8). Esse amor é o verdadeiro e único modelo para a nossa salvação.

Porque Ele nos amou primeiro, devemos agora amá-lo como Ele ama. Mas jamais conseguiremos fazê-lo se não obedecermos as Palavras da Vida Eterna escritas no Novo Testamento. Consideras impossível amar o próximo e os inimigos? Acreditas ser inútil qualquer esforço neste sentido? Abandone os mitos, a idolatria e as paixões carnais. Experimente viver no Amor de Cristo e isso se tornará realidade em tua vida.

Sobre o Amor verdadeiro

"Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito." 1 João 4:7-13

É comum ouvirmos falar em amor verdadeiro, como se o amor que sentimos pela esposa, pais, filhos ou alguém especial fosse um amor mentiroso, um falso amor. Afinal, qual a diferença entre o amor dito verdadeiro daquele que sentimos que temos pelos amigos e familiares?

A diferença é que o amor chamado de verdadeiro é o amor espiritual, derramado por Jesus Cristo na cruz em nosso benefício. É o amor desinteressado, gratuito, que não busca recompensas. É o avesso do amor carnal, que ama apenas os amigos ou que ama por egoísmo. Ou que se transforma em ódio, a depender dos ventos da paixão humana.

E é possível sentir o amor verdadeiro? Sim, se nascermos de Cristo, se nos tornarmos novas criaturas. Como uma herança de pai para filho,  iremos sentir e viver com o amor espiritual em substituição ao carnal. Amaremos nossos inimigos, amaremos o próximo, como na parábola do bom samaritano que desconhecia a pessoa a quem ofereceu ajuda e cuidados.

Que fique claro que não merecemos o amor espiritual e que não temos mérito algum em obtê-lo. Ele é herdado, nos é dado por Deus que amou a humanidade que o havia rejeitado. Sim, lembremos que Ele nos amou embora nós fôssemos repugnantes aos seus olhos por causa do nosso pecado.

Como diz João em sua belíssima carta, devemos fazer o mesmo que o Pai. Devemos amar como ele nos ama. Devemos amar mesmo aquelas pessoas que não merecem o nosso amor pois nós mesmos não merecíamos o amor com o qual Ele nos amou.

O que os homens chamam de amor verdadeiro não se pode comprar. Não há mágicas, receitas místicas ou algo fora da Bíblia que possa fazer com que o sintamos. Apenas o Espírito Santo o concede aos obedientes e aos que nascem não da carne e desejo humano e sim daqueles nascidos de Deus. O primeiro passo para ganhar essa maravilhosa bênção começa por negar-se a si mesmo, abandonar os próprios desejos e fazer sobretudo a vontade do Pai e não a nossa. Estaremos maduros para compreender a mensagem central do Evangelho e dar este primeiro passo em direção ao Amor espiritual? Ou preferimos nos resignar às paixões carnais e egoístas?

Muito cuidado!

"No dia em que o Senhor lhes falou do meio do fogo em Horebe, vocês não viram forma alguma. Portanto, tenham muito cuidado, para que não se corrompam e não façam para si um ídolo, uma imagem de qualquer forma semelhante a homem ou mulher, ou a qualquer animal da terra ou a qualquer ave que voa no céu, ou a qualquer criatura que se move rente ao chão ou a qualquer peixe que vive nas águas debaixo da terra. E para que, ao erguerem os olhos ao céu e virem o sol, a lua e as estrelas, todos os corpos celestes, vocês não se desviem e se prostrem diante deles, e prestem culto àquilo que o Senhor, o seu Deus, distribuiu a todos os povos debaixo do céu." Deuteronômio 4:15-19

Essas passagens são tão claras que qualquer um que alega acreditar em Deus pode observa-las na Bíblia e entende-las. Isso mostra bem o que vem a ser a idolatria. Qualquer imagem, seja de homem, mulher ou animal, é algo repugnante para Deus, bem como a orientação baseado nos corpos celestes, isto é, a astrologia. Ninguém que queira ter uma relação com Deus deve se envolver com tais coisas.

É evidente a aversão por parte de Deus a tais práticas. Por isso vale a pena reforçar:

"Tenham o cuidado de não esquecer da aliança que o Senhor, o seu Deus, fez com vocês; não façam para si ídolo algum com a forma de qualquer coisa que o Senhor, o seu Deus, proibiu. Pois o Senhor, o seu Deus, é Deus zeloso; é fogo consumidor." (Deuteronômio 4:23,24; veja 1 João 5:21)

Idólatras, cuidado! Deus é um terrível fogo consumidor (cf. Hebreus 12:29; 10:31; 2 Tessalonicenses 1:7,8).

Pistolas ao bosque

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1 Coríntios 13:1-7

Num de seus livros, verdadeiros clássicos da literatura mundial, o escritor russo Fiódor Dostoievski, ao narrar a juventude de um de seus personagens, um monge asceta que vive como um santo num mosteiro, nos conta que ele, aos vinte e tantos anos, decidiu chamar o noivo de uma bela jovem que cortejava para um duelo.

O moço nada lhe havia feito e a jovem, espontaneamente e por amor, decidira casar-se com ele, tornando as pretensões do outro impossíveis de realizarem-se.

Agindo com o ego ferido e com orgulho, partira então para um ato extremo: o duelo. Acontece que na madrugada que antecederia a sangrenta disputa, o monge, que ainda não era monge, mudara de ideia e arrependera-se. Ele vai para o duelo, deixa-se balear de raspão no rosto e quando chega a sua vez de atirar, joga a pistola para o bosque e vai encontro do seu opositor para pedir-lhe perdão.

Esse arrependimento muda não apenas a sua vida mas a de um senhor que a tudo observava e que decide então aproximar-se dele para fazer uma terrível confidência: anos antes, havia estrangulado uma jovem senhora porque igualmente fora preterido na hora em que ela decidiu-se por casar com outro.

É que passaram-se os anos e ele conseguira culpar um servo da ex-amante que acaba morrendo de tristeza e levando a culpa pelo assassinato que não cometera.

Ao ver o tremendo gesto de perdão do duelista, este senhor resolve imitá-lo, romper o silêncio e anunciar para toda a sociedade que ele era o verdadeiro matador, mesmo sob o risco, irônico, de ninguém levar sua confidência a sério e ainda acreditá-lo como um louco.

Mas o que isso tem a ver com nossas vidas e com nosso serviço a Cristo? O que esses arrependimentos podem significar, além do fato de termos tido a coragem de afirmar nossas culpas e nossos pecados?

O que o duelista arrependido e seu amigo confidente fazem é abraçar o Amor que Cristo nos oferece. Não importam mais o ego ferido, as humilhações, os sofrimentos. O mais importante torna-se agir de acordo com o Amor que apenas Deus é capaz de nos dar e propiciar.

Assim como os personagens de Dostoievski, em nossa trajetória na terra um dia acabaremos por nos confrontar com essa Verdade. Se queremos fazer parte do Reino de Deus, precisamos ser iguais a Ele e o Amor precisa abundar em nossas vidas.

Jogamos para os bosques as pistolas do ressentimento e da competição, abandonamos as posturas beligerantes em troca da Paz de Cristo. Tudo acaba subordinado a este Amor e ao serviço a Cristo realizado nele e através dele.

Por isso, pedir perdão, perdoar e entregar-se à vontade do Pai tornam-se maravilhas às quais nos submetemos com alegria reverente. Tornamo-nos homens e mulheres modelados de acordo com os parâmetros dados pelo Senhor. É o fim da mentira, do medo e da opressão do pecado.

Nunca é tarde para nos arrependermos e deixar a Verdade triunfar. Trata-se da expressão do Amor do Pai em nossas vidas, na prática. Não em desejo ou meta mas em ação concreta. É chegada a hora de cumprir o Evangelho em nossas vidas e partilhar das maravilhas do Amor de Cristo reservadas para nós antes da fundação do mundo.

"Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor" Efésios 1:4

"Coisas ocultas"

"Naquela ocasião Jesus disse: 'Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos.  Sim, Pai, pois assim foi do teu agrado.'" Mateus 11:25,26

Muitos questionam a existência de Deus alegando não existir nenhum indício ou argumento plausível que fundamente isso. Para tais, a menos que se esvaziem de seus "sentidos da vida", sempre será impossível ver aquelas coisas ocultas. Não há espaço para Deus num coração ocupado. Ou é tudo, ou é nada. E Deus não vai disputar espaço com meras "coisas".

É certo que Deus nos deu autonomia de vontade, e também que muitos infelizmente decidiram que buscar "coisas mais interessantes", "a sua felicidade", etc. Talvez em algum momento essas pessoas olhem para cima. Muitos olham quando "O pecado do homem mau o apanha na sua própria armadilha..." (Provérbios 29:6a), momento em que podem acabar se esvaziando da sua autossuficiência, e então ver as "coisas ocultas".

De uma forma ou de outra, estar "num baixo nível" onde se vê as "coisas ocultas" faz toda a diferença na vida!

"Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus." (Mateus 5:3)


Cristãos Não-denominacionais?

Pedro, Paulo e outros discípulos do primeiro século eram cristãos, mas eles eram membros de alguma denominação? Nenhuma mesmo! A divisão denominacional, tal como a conhecemos, não existia no primeiro século. Todos os cristãos estavam em um corpo, da igreja que pertence a Jesus (Mateus 16:18; Efésios 4:3-6). Cristãos do primeiro século eram membros da igreja de Jesus, mas não membros de qualquer denominação. Por que você e eu não podemos fazer o mesmo nos dias de hoje?

Jesus está na verdade satisfeito com a existência de tantas denominações diferentes? Claro que não! Em João 17:20,21, Jesus orou a respeito daqueles que nEle crêem, "que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti". No denominacionalismo hoje, todas as pessoas são um como o Pai e o Filho são um? Certamente que não.

Então, como podemos ser apenas cristãos hoje sem contribuir para a divisão denominacional? Bem, como é que as pessoas faziam isso no primeiro século? Eles obedeceram os ensinamentos de Jesus dados no evangelho. A obediência ao evangelho limpou-os do pecado e, em seguida, o Senhor acrescentava-lhes a Sua igreja (Atos 2:36-41,47). Se você e eu seguimos o mesmo evangelho, não será a mesma coisa a acontecer com a gente (veja Atos 2:39)?

Mas suponha que em vez disso, você segue algum manual de doutrinas e normas humanas, credos, “colégio de bispos”, sínodo, ou a lei da igreja de alguma denominação, etc. O que então nos tornamos? Gostaríamos de tornar-se membros daquela denominação X, certo? ou, se seguimos as leis de alguma outra denominação, nos tornaríamos membros desse segmento para participar do rol de membros, receber uma carteirinha, etc.?

No entanto, seguindo apenas o Novo Testamento é que nos fará simplesmente filhos de Deus, assim como o fez no primeiro século (1 Pedro 1:22,23; Gal 3:26,27).

Doutrinas denominacionais gera membros denominacionais. O Novo Testamento gera apenas cristãos convertidos ao Senhor.

Que Deus nos livre a cada dia, nos ajudando a perseverar na fé.
"Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus." Gálatas 5:19-21

Esta semana, milhares de pessoas entregam-se aos transitórios e enganosos prazeres da carne. É a festa do Carnaval, antiga comemoração pré-cristã que sobrevive em algumas culturas, notadamente no Brasil, conhecido por ter "o mais animado" culto às obras da carne.

Na lista acima, feita por Paulo aos gálatas, vemos uma série destas obras. Quase todas podem ser relacionadas ao Carnaval. Uma festa em que costuma haver as mais diversas formas de diversão com base na entrega total das pessoas ao prazer proveniente da bebida, da comida e do sexo.

A partir deste comportamento sem freios, afinal, "é Carnaval", surgem as doenças sexualmente transmissíveis, os adultérios, os abortos, as brigas, assassinatos e os mais varidos modelos de zombaria ao que é puro e sagrado para a cultura cristã.

É curioso perceber, aliás, como a festa do Carnaval tem o mais amplo apoio do Estado e da Sociedade. Milhares de preservativos são distribuídos pelo governo para que as pessoas possam se entregar "protegidas" à imoralidade sexual de todo gênero.

Todo o aparato policial, médico e de infraestrutura urbana é oferecido para o conforto dos chamados "foliões" (palavra que deriva de folia que, por sua vez, significa "loucura"). Nada, enfim, deve atrapalhar a realização das obras da carne. A imprensa exalta os mais dissolutos e ai daqueles que se manifestarem de alguma forma críticos ao Carnaval.

Diante deste deprimente espetáculo anual que invade ruas e a mídia em geral, cuidemos para nos manter em Cristo, orando e estudando sua Palavra. Aproveitemos que é feriado para nos dedicar ao Senhor e para que estejamos fortalecidos em espírito a fim de que sejamos vitoriosos na luta contra a carne. Pois é bom lembrar que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.

Nota:
Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.. É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "
carne vale" dando origem ao termo "carnaval". (Fonte: Wikipedia)

Orgulhosos da desobediência

"Quem dera que os meus caminhos fossem dirigidos a observar os teus mandamentos" Salmos 119:5

Um dos atores mais conhecidos do mundo, o norte-americano Brad Pitt, disse numa entrevista publicada este mês por uma revista voltada ao público masculino que se orgulha muito de ter rompido com o meio religioso familiar de sua infância em Oklahoma, um estado do meio-oeste dos Estados Unidos.

E foi além. Disse também que aprecia comportamentos contestadores. Irônico, falou que seus pais temiam que ele passasse a eternidade no Inferno. Para Brad Pitt, em resumo, o melhor que aconteceu em sua vida foi ter tomado distância de Deus e estar livre para acreditar naquilo que bem entender.

Estas declarações do astro hollywoodiano nos lembram do perigo da desobediência em nossas vidas. A despeito do seu sucesso e do modelo que pode vir a representar para milhões de pessoas ao redor do mundo, as chances de Pitt afastar-se eternamente do Senhor são grandes, caso ele não se converta ao Deus da Bíblia e volte a escutar os conselhos do seu pai. Sua desobediência, mascarada por independência e modernidade, pode ser fatal para ele, assim como para todos os que vivem de acordo com as próprias regras e não admitem o controle do Senhor sobre suas vidas.

A desobediência é a origem de todos os problemas que enfrentamos na vida. Refiro-me aos problemas de verdade, como as separações, a idolatria, a prostituição, a fornicação e todas as atitudes que afrontam Deus e sua Justiça. E até mesmo problemas financeiros podem nascer da desobediência.

Infelizmente, a norma do mundo é não obedecer ao Senhor. Quanto mais zombadores, irreverentes, independentes e contestadores, mais serão todos eles exaltados. Já os que são dirigidos pelos mandamentos de Deus, como anseia o salmista, são ridicularizados.

Não percebem a advertência de Paulo aos Romanos: "não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?" (Romanos 6:16).

Brad Pitt, sem o saber, apenas trocou de Senhor. Deixou de viver sob os cuidados de Deus para viver sob a lei do mundo. Tornou-se escravo do pecado e ainda orgulha-se disso. É louco mas acha-se sábio. É preciso orar por ele e por todos os que trilham o caminho que leva ao Inferno.

Destruindo Satanás sendo apenas Cristão

"Aproximando-se o tempo em que seria elevado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém. E enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num povoado samaritano para lhes fazer os preparativos; mas o povo dali não o recebeu porque se notava que ele se dirigia para Jesursalém. Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: "Senhor, queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los?" Mas Jesus, voltando-se os repreendeu, dizendo: "Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens mas para salvá-los", e foram para outro povoado" Lucas 9:51-56


No relato acima de Lucas, vemos Jesus indicando aos apóstolos como os cristãos devem lidar com opositores e inimigos. Na concepção deles, seria normal vingar-se dos samaritanos que repeliram Jesus pelo fato de ele estar em viagem para a Jerusalém dos adversários judeus. 

A natureza cristã, que dá a outra face e que perdoa os inimigos, é a mesma com que iremos derrotar Satanás e o ciclo de violência e vingança iniciado com o assassinato de Abel. Toda vez que perdoamos um ofensor, derrotamos o Mal e o Acusador, dissolvendo em nós mesmos o pecado e devolvendo Amor ao ódio recebido.

Foi assim que Jesus agiu no famoso caso da mulher adúltera que ia ser apedrejada por uma multidão. Naquele episódio descrito em João 8, Jesus dissolve a massa acusadora, faz os homens confrontarem-se com seus próprios pecados e livra a pecadora da morte. A natureza cristã não é vingadora e acusadora. Ela desfaz o ciclo de violência e deixa ao Pai a tarefa de julgar os homens.

Não nos esqueçamos, portanto, de que não podemos agir como os malfeitores, os ofensores ou os vingadores. Nossa natureza é diferente da deles pois nosso modelo de conduta é o Cristo que veio para salvar e não para destruir. O verdadeiro cristão ama seus inimigos. E Satanás odeia isso.

O Caminho de Deus pode entender-se como a vida de acordo com a vontade Dele revelada nas Escrituras.

Muitas pessoas alegam ter fé em Deus mas poucas andam no Caminho.

Muitas dizem amar a Deus mas também muitas acham difícil fazer a vontade Dele.

É revelado nas Escrituras que: "Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." (Tiago 2:17)

Ninguém anda no Caminho de Deus se não acreditar no que Deus é e no que Ele tem dito. Quem não anda, a verdade é que não tem fé em Deus. A fé é morta.

E não é questão de pouca fé, mas de não existir fé! Está revelado: "Ele respondeu: Por que a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível." (Mateus 17:20).

Uma fé pequena é capaz de fazer coisas muito difíceis.

Uma fé inexistente não faz nada.

"Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados." (1 João 5:3)

Somente dois lados

Disse Jesus: "Aquele que não está comigo é contra mim, e aquele que comigo não ajunta, espalha." Lucas 11:23

Estas poucas e francas palavras de Jesus deixa bem claro que quem não ajuda atrapalha. Resta agora decidir em qual lado se quer estar. Simplesmente basta não ajudar para atrapalhar. Imagine quantas pessoas hoje infelizmente estão se opondo à Deus!

Os dois lados:

1. Estar com Jesus:  "Jesus dizia a todos: 'Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.'" (Lucas 9:23). Jesus veio morrer a morte que nós merecíamos. Assim o mínimo que podemos fazer é darmos a nossa vida a Ele para fazermos a Sua vontade. Isto é se negar a si mesmo. Significa morrer para o mundo e suas possibilidades à medida que seguimos o Seu comando e exemplo. Este é o único jeito de se estar com Ele.

2. Para se opor, como dito, basta não participar da causa cristã e consequentemente: "Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder." (2 Tessalonicenses 1:7-9).

Apocalipse 14:11a diz: "A fumaça do tormento de tais pessoas sobe para todo o sempre."

Deus demonstrou uma grande justiça e um grande amor - O Seu Filho quis entrar em nosso lugar para tomar o nosso castigo. Vamos valorizar ou desprezar o Seu amor? Em que lado estaremos?

"Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus?..." (Hebreus 10:29a)