Caminhos enganosos

"Porque virá tempo em que as pessoas já não suportarão a sã doutrina, mas procurarão mestres que lhes falem o que é agradável ao ouvido. E assim, deixam de escutar a verdade e voltam-se para as fábulas." 2 Tm 4:3-4

Afinal, por qual razão um número imponderável de pessoas rejeita a Verdade das Escrituras e acredita nas mais complexas fontes de idolatria? Por que é mais fácil acreditar nas doutrinas do tipo kardecista e umbandista a ler e aplicar os ensinamentos bíblicos em nossas vidas, transformando-as pelo poder da Palavra? O que leva alguém a idolatrar anjos ao invés de tomar a Cruz de Cristo? Como pode alguém preferir centenas de santos diplomados pela Igreja Católica ao próprio Salvador? Por que fazer de Maria, a mãe de Jesus na carne, a "Mãe de Deus"?

Não é simples responder a essas interrogações. Mas o fato de Cristo exigir um novo nascimento (Jo 3:3) talvez possa esclarecer as relações entre o homem e as religiões ou entre a busca do ser humano pelo sobrenatural em suas vidas.

O fato principal é que todas as religiões e crenças não mudam profundamente o comportamento humano. Elas sinalizam para a adoção de uma nova atitude sem provocar a alteração necessária para que uma pessoa morra para o ressurgimento de uma nova criatura (Gl 6:15).

Apenas a Palavra de Deus tem o poder da transformação. O que mentia, fornicava, adulterava, blasfemava, enganava e corrompia, abandona as práticas terrenas para viver em linha com os preceitos do Alto. Ninguém torna-se piedoso, no sentido de viver para agradar a Cristo, se não passar pelas águas do batismo bíblico e ressuscitar para uma nova vida.

No entanto, buscamos aquilo que nos faz viver melhor sem que tenhamos de abrir mão das coisas da carne. E daí surgem as idolatrias por santos, anjos e entidades que nada exigem de nós. Uma mudançazinha aqui, outra acolá sem que nada toque na mais profunda ferida da nossa alma.

Em paralelo a isso, achamos estranho quando alguém nos alerta sobre os perigos de viver achando que estamos agradando ao Senhor sem que estejamos obedecendo-o, biblicamente falando. Para essas pessoas, Deus não pode ser injusto. Ele não pode castigar uma pessoa boa porque comete erros. Estas pessoas vivem num ambiente moralmente frouxo, que clama por perdão quando o juízo de Deus será feito pela sua Palavra, gostemos disso ou não.

Portanto, não nos enganemos com os falsos deuses que diariamente buscamos e criamos para nós mesmos. Eles não vão nos salvar mas dirão coisas que agradarão nossos ouvidos e sentidos carnais. Ao invés de nos elevarem aos céus, aprofundam nossa miséria na terra. O que escolheremos? O sacrifício da Cruz ou o deleite de um Ego satisfeito consigo mesmo?